quarta-feira, 30 de outubro de 2013

25 anos da Mulieris Dignitatem e a identidade feminina em jogo

Meu objetivo neste post não é fazer um estudo muito aprofundado sobre a Carta Apostólica do Beato João Paulo II, mas sim refletirmos sobre esse valoroso chamado e de como o ser feminino tem sido deturpado por nossa sociedade durante estes 25 anos.
A missão particular da mulher está inteiramente ligada ao amor, como é citado no final da carta: "A mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros." (MD,30). Todos foram feitos no Amor para o Amor, mas a mulher carrega em seu ser ontológico um dom especial para fazer este amor transbordar. Por mais divergente que tenha sido a criação de uma menina, ela sempre trará uma doçura e um cuidado particular pelo outro que não se encontra em um menino. A vida pode muitas vezes até endurecer e encobrir estas características, mas elas estão no cerne de todas as mulheres, e este cerne, nenhuma circunstância é capaz de alterar.
Mas o que ocorre hoje é uma campanha de desfiguração, onde a mulher pode ser qualquer coisa,menos o que ela verdadeiramente é. Os movimentos feministas sobretudo, com seu discurso cheio de ódio e rancor (o que no fundo é clamor por socorro, para que as feridas causadas no passado seja sanadas), acabam disseminando na mídia, no mundo acadêmico e dentro das famílias, uma cultura de "supremacia feminina", onde os homens são uns idiotas e apenas um adereço de satisfação sexual (atualmente para muitas,nem isso!). Tais posturas, por mais independência queiram demonstrar, são reflexo daquela dominação de Gn 3, ou seja, por mais que se tente exaltar a figura feminina em detrimento da masculina, ela acaba desfigurando-se e "masculinizando" a imagem da mulher, da pior forma.
Nossa vocação e dignidade estão em vivermos a nossa essência, como disse Santa Catarina de Sena "sermos quem devemos ser", e não o que os meios externos e distantes de Deus gritam aos nossos ouvidos. Viver o dom da maternidade, seja ela biológica ou espiritual, pois este é um presente que o Senhor deu somente a nós, e é absurdo querer rechaçá-lo. Quanto mais mulher nos tornarmos, mais homem nossos maridos, filhos, irmãos e amigos serão. Ser submissa, muito diferente do que o feminismo prega, é estar sob a missão do homem, ser base, ser sustento para ele cumprir seu chamado também. As mudanças necessárias para este mundo não estão em um embate, mas em caminhar lado a lado, complementando um ao outro, em um movimento de comunhão, aos moldes da Trindade.

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